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Alexandra Neto

Qua | 07.11.18

A "MINHA" SUSTENTABILIDADE NA MODA

 

Desde que fiz alguns posts em Janeiro e, em especial, Setembro, que tenho recebido MUITO (e tão bom) feedback sobre o assunto.

 

O que acontece é o seguinte: se é verdade que (felizmente) sustentabilidade é "a" palavra de ordem em 2018, 19 e (esperemos) muito mais além disso, também é verdade que surgem variadas filosofias e práticas no Instagram, vindos de várias Influencers, publicações, marcas, etc.

 

E, às tantas, trocam-se conceitos, confundem-se as pessoas e difundem-se variadas ideias. Eu sou apologista de absorver o máximo de informação possível, pesquisar aquilo que não percebo e, claro, ler e ver reportagens mias técnicas (com factos) sobre o assunto. Estou longe do extremismo, porque assim o sou em tudo, mas quanto mais informação tivermos, melhor.

 

 

Abrigo + vaqueros = look perfecto

 

 

A minha filosofia desde o início do ano, que se foi intensificando a cada mês, é simplesmente NÃO consumir. Ou antes, consumir muito MENOS. Não é uma questão de ter "transferido" os meus hábitos de consumo para outro tipo de marcas, pois a meu ver isso faria zero sentido. É mesmo consumir menos! E isto deve-se a mais do que princípios sustentáveis.

 

Simplesmente, deixei de me identificar com a "velocidade", com tendências efémeras, com roupa sem qualidade, com a falta de sentido que isto tudo deixou de ter. Com o conceito de descartável, no geral.

Além disto, que é uma questão 100% pessoal, o "estado em que vai o mundo": ao nível dos recursos naturais (e aqui entra a parte de não "desatarmos a consumir loucamente tudo o que é orgânico", se é que me entendem), do ambiente e da própria sociedade (neste caso concreto, das condições de trabalho). Sustentabilidade não é apenas ambiental, mas também económica e social - daí eu, hoje em dia, preferir marcas emergentes, especialmente portuguesas.

 

 

Mas... Deixei de ir à Zara? (ou Mango, ou Uterqüe, ou "you name it"). Não, não deixei. A moda acessível não é o conceito a destruir - mas sim a parte (que, hoje em dia, é inerente à moda acessível) do excesso de produção (que se foi acelerando para responder à NOSSA pressa de consumir, não se esqueçam) e das condições de produção (passar a ler o "Made in ...." para ver em que mercado foi produzida a peça que estamos a ponderar).

Por exemplo, a produção de algodão é uma das grandes manchas negras no ambiente, devido aos químicos (quando não é totalmente orgânico), mas especialmente devido ao consumo de água que é necessário. Ou seja, a diferença entre comprar umas calças de ganga de algodão na Zara ou em qualquer outra marca é pouca... O ideal é comprar apenas o que é necessário (e que se vai usar muito), certo? É esta a minha lógica.

 

 

Depois, o Vintage. Cada vez mais o conceito de roupa em segunda mão faz sentido, especialmente em peças de qualidade (pegando no exemplo anterior - peças em ganga são uma excelente ideia em segunda mão). Temos aqui várias opções que não lojas físicas (em Lisboa ainda não descobri a pólvora....): as vendas de bloggers (eu, por exemplo, tenho levado a cabo uma limpeza implacável no guarda-roupa com peças em excelente estado!), e sites com verificação de qualidade, como o Vestiaire Collective. 

 

 

E pronto, por hoje, ficamos por aqui. Quero fazer um próximo post com questões vossas - sigam-me no Instagram para saber mais (e também partilho por lá várias opiniões, leituras e mini-artigos).