Dom | 02.03.14
SUNDAY DET
No dia 22 de Fevereiro de 2004 chegava ao fim uma das séries televisivas mais marcantes. Hell, uma das séries mais marcantes do universo feminino, e que atravessa gerações (comecei a ver a série mais ou menos por essa altura, quando começou a passar na SIC, depois das novelas). Num universo perfeito, comemorávamos 10 anos de um final em toda a sua glória - porque é difícil criar um final perfeito, e Darren Star e toda a produção conseguiram-no - basta ver os últimos minutos, e interiorizar a mensagem que resume toda a série: homens, amigas, e a relação connosco próprias (e se no braço vier um saco da Manolo Blahnik, MELHOR).
Mas não, os produtores, e o mundo, decidiram que não chegava de SATC, e vá de criarem dois filmes (estavam engraçados, mas perdeu-se o espírito da série), livros, e ainda uma nova série (sem qualquer nexo em relação ao SATC). É uma pena... Porque sinto que se perdeu aquele 'misticismo' da série, e que a única lição que se retira é que é óptimo estoirar o limite do cartão de crédito, e ter MUITOS sapatos e roupa de designer. Well, IS NOT.
A série é uma ode à verdadeira emancipação da mulher - a emocional. É verdade que já tínhamos os direitos dos homens, que já não éramos vistas apenas como cozinheiras e domésticas, mas... E o resto? A importância que deve ter sido (só imagino, tinha 10 anos na altura) em 1998 aparecerem 4 mulheres solteiras depois dos 30, que frequentavam festas, tinham carreiras, gostavam de gastar o dinheiro que ganhavam com elas mesmas, e não pensavam (muito) na questão marido-e-filhos, sendo perfeitamente felizes num Sunday Brunch recheado de café, calorias e muitas histórias (para maiores de 18). Claro que estou a simplificar algo complexo, mas realmente a série merece ser vista "com olhos de ver".
No início do blog escrevi vários posts sobre a série - podem ver todos, aqui.
E, já agora, um artigo que o E! online publicou sobre as 10 melhor lições da série, aqui.
- BOM DOMINGO -