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Alexandra Neto

Ter | 29.08.17

porque é que DIANA é um ícone para mim


Diana fotografada por Mario Testino em 1997, para a Vanity Fair.


Como qualquer ícone, elogiar apenas o estilo da "Lady Di" é extremamente redutor.
Uma história trágica, quase do início ao fim, com altos momentos e muita polémica, que marcou o mundo em "so many ways".


Mas, vá, comecemos pelo estilo, relativamente à frente do seu tempo. Ou, simplesmente, de uma elegância eterna. Os jeans, os tailleurs, o vestidos, os acessórios sempre tão discretos mas bem escolhidos! E, claro, também é mais uma prova que o corte de cabelo certo faz toda a diferença.

     


Mas há mais, muito mais.


A coragem de virar costas ao que sempre quis: um "bom casamento", de forma BASTANTE pública e humilhante. Deixar o papel de sofrida (ainda que se tenha feito "lucrar" do mesmo durante muitos anos) e abraçar a independência, cultivar a sua própria personalidade e estilo e torná-los um presente ao mundo.




Sabiam que este ficou conhecido como "o vestido da vingança"? Diana estava casada quando comprou esta peça de Christina Stamboli mas não usou por achar demasiado ousado. Depois da separação, na mesma noite em que o (então) ex-marido Charles contava em plena televisão nacional que a tinha traído, Diana usou este mesmo vestido num evento e... arrasou. A imprensa não poupou elogios e deu-lhe, de imediato, esta alcunha.



O amor aos filhos, e um à vontade como mãe que até a mim me marcou - até porque ainda é visível.


     


A sua personalidade marcante e popular valeu-lhe uma agenda oficial sempre cheia, mesmo depois da separação - sendo que também não perdeu o título real de Princesa de Gales.


Mas, claro, o que melhor devemos recordar são as causas que abraçou, ainda hoje um exemplo para muitos. Com uma vida marcada por discussões, sofrimento e infelicidade (desde a infância), Diana fez o que a maioria não tem discernimento para fazer: não se focar apenas em si e nas suas vivências, e prestar atenção ao mundo à sua volta, especialmente aos que precisam - de empatia, de força, bens materiais ou até de uma cara conhecida na sua causa.


Presidiu a hospitais especializados no tratamento do cancro, mas foi a sua contribuição no combate à SIDA e às minas terrestres que a fizeram capas de revistas sem fim, por todo o mundo: como esquecer imagens como Diana segurar a mão de um doente com SIDA (quando se queria perpetuar que a mesma era transmissível ao toque) a conversar numa cama de hospital, ou a sua visita a Angola, a serviço da Cruz Vermelha, no ano da sua morte, contra as minas terrestres (caminhou sobre terrenos minados, perante muitos fotógrafos).

Recebeu, inclusive, o Nobel da Paz e, acima de tudo, mudou mentalidades - chamou a atenção para causas menosprezadas e, também muito importante, mostrou que é importante ajudar!

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