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Alexandra Neto

Seg | 08.10.18

O QUE É QUE AINDA COMPRO NA FAST FASHION?

 

Apesar de andar completamente desligada do mundo acelerado da fast fashion (perdoem a redundância), não deixei de consumir por lá. Como dizia, e bem, a Constança Firmino - não vale a pena entrar em extremismos. As lojas vintage (em Lisboa e online, pelo menos) não são o que imaginamos - ou é luxo hipervalorizado ou são peças muito usadas e sem grande qualidade (nem graça); e a minha carteira tem fundo e, por isso, não desatei a comprar tudo em marcas emergentes - já consumo mais de metade e acho que isso (para um primeiro ano "à séria" nesta filosofia) já é louvável. 

 

Cortei (quaaase) todas as compras tolas/sem nexo/de tendências que não vou usar. Parei de comprar por comprar ou porque vi algo há horas no Instagram. Só isso, já foi um passo gigante para um consumo mais sustentável (e o que me permitiu poder comprar mais em marcas emergentes). Depois, claro, continua a existir a Fast Fashion - e, por lá, nem tudo são tendências "rápidas" ou peças que só se vão aguentar no nosso guarda-roupa 2/3 meses. Não, nada disso. Eu tenho peças da Zara com mais de 10 anos - e estão óptimas. Talvez esta ideia não tenha sido bem "passada" da minha parte em posts anteriores - mas, para mim, não faz sentido deixar de consumir (totalmente) nestas lojas: até porque, quando ganhamos olho para a coisa, só ficamos a ganhar em qualidade/preço.

 

 

Sobre isso, o vídeo da Vic Ceridono exemplifica bem o meu mood - sendo que apenas passo as tendências do momento (ou, 99% delas!!, vá). Vejam, este vídeo tem boas dicas para quem quer comprar bem sem gastar muito!

 

 

 

 

 Adiante, dou um exemplo de uma peça que ainda compro maioritariamente na fast fashion: sapatos! E quase nunca me arrependo, confesso.

 

Apesar de o fazer maioritariamente na Uterqüe, sempre fui muito fã dos modelos da Zara (tanto em pele como em sintético) - aliás, são as duas marcas mais baratas com as quais me dou muito bem. E hoje trago-vos um excelente exemplo que nem tudo é mau, que muitas vezes também pode apoiar uma produção sustentável (apesar de ainda ser um penso numa ferida de canhão, eu sei), nem tendências datadas:

 

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 Além do modelo mais que clássico (para quem gosta), o preço muito simpático (a pele da Zara costuma ser bastante resistente), ainda faz parte do programa Join Life - que cada vez tem mais variedade de peças e engloba, já, muito mais que apenas algodão orgânico e reciclagem de roupas.

 

Deixo-vos o caso destes sapatos (que podem ver aqui): foram produzidos em tinturarias certificadas do Leather Working Group, utilizando energias renováveis e tecnologias que reduzem o consumo de água. Um pequeno passo, talvez, mas, ainda assim, há que começar por algum lado!