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Alexandra Neto

Ter | 25.09.18

FAST FASHION? I PREFER SLOW FASHION

 

Los básicos preferidos de las francesas

 

 

Depois de vos ter falado da "batalha da fast fashion" (Mango x Zara), venho falar-vos do meu mood actual, que não poderia passar mais longe de tudo isso. Ok, pode vir a passar mais longe (porque ainda consumo um pouco por estas lojas), mas sem dúvida que passo cada vez menos tempo (e, consequentemente, gasto menos dinheiro) na FAST fashion.

 

 

Em primeiro lugar: o feeling que tenho que a estratégia destas marcas está cada vez mais assente na réplica de tendências (e a palavra réplica não está aqui por acaso). Às vezes as peças são chapadas de peças desfiladas uns meses antes e isso, confesso, neste momento incomoda-me. Às vezes compro algo que gosto mesmo e, navegando por sites como a Farfetch ou em perfis de Instagram de mulheres que consomem e comunicam luxo, percebo que estou a usar "uma dessas peças". Nada contra quem o faz - mas, para mim, uma coisa é a democratização das tendências, outra coisa são réplicas chapadas, sem qualquer alteração/imput criativo. E, até já disse isto aqui várias vezes, acho que as marcas de fast fashion já têm "nome na praça" suficiente para fazerem vingar as suas próprias versões do que queremos usar. Ou, até mesmo, para as criarem! 

Existem equipas gigantes de designers, estilistas, stylists, criativos - e tenho a certeza que existe talento suficiente para que isto seja uma realidade.

 Blazer + falda= el nuevo uniforme de la working girl

 

 

Mas, este foi apenas o primeiro feeling a afastar-me. O segundo é mais grave e mais óbvio: a velocidade desta indústria que torna tudo cada vez mais descartável, com cada vez menos sentido e, o mais grave de tudo, cria cada vez mais desperdício e uma pegada ecológica gigante (sem necessidade). Não, ainda não vi o The True Cost (um dos documentários mais louvados sobre o assunto) e aqui o assumo: por medo! Do soco que vou levar no estômago para aquilo a que, tanto pessoalmente como aqui no blog, também contribuo.

Não quero mais peças que uso uma vez ou duas e deixam de fazer sentido, não quero ter 2/3 sacos de roupa a cada limpeza básica que faço no guarda-roupa (é assustador, mas é verdade). Quero ter menos, muito menos, mas muito melhor. Este é o terceiro motivo desta mudança!

 

Sem esquecer que não há uma peça que compre por lá que não pense: "Será que toda a gente vai ter isto?"... Não é que eu seja cínica com estas coisas, mas se vejo muito uma peça/tendência, farto-me rapidamente.

 

 

Tem sido uma mudança lenta, com umas quantas recaídas (porque, ainda gosto de me divertir com peças e com as tendências e, às vezes, acabo por usar pouquíssimas vezes aquilo que compro por impulso numa ida ao Chiado), mas é cada vez mais uma realidade.

 

 

Para que conste, existem peças que ainda valem a pena consumir neste tipo de marcas, atenção: existe qualidade a bom preço, quando sabemos procurar e temos atenção a composições e acabamentos!! Mas, continuo este assunto no próximo post!