CONSUMO EM CRISE: As ditaduras de consumo, o entulho e o estilo!
Que título tão grande, e - provavelmente - tão confuso! Mas hoje decidi debruçar-me sobre uma realidade que paira muito à minha volta - cada vez menos, é certo - e que me causa alguma... Aflição?! Talvez seja outra coisa, que não aflição, mas sei que não é bom.Com a emergência da internet e das cadeias fast-fashion (meaning, baratxinhoooos), aliado aos tempos das "vacas gordas", o mundo da "classe média" (odeio este termo, mas acho que é o mais apropriado) entrou num entusiasmo consumista que parece não ter fim.
E, enquanto foi efectivamente tempo de vacas gordas, achei o sentimento perfeitamente normal e aceitável - afinal não podemos levar o dinheiro para debaixo da terra, right? Mas quando entramos numa crise que parece não ter fim à vista, que - claramente - veio para ficar, preocupa-me que ainda hajam pessoas que gastam o que têm (e, tantas vezes, o que não deviam) para conseguirem "ter tudo" o que "está na moda".
Sinto que a globalização, e tudo o que veio com ela, nos abriu portas de modo a podermos fazer um consumo mais inteligente e poupado, mas por outro lado se criou toda uma "ditadura de consumo", ao qual as pessoas sentem que têm que obedecer!
Têm que ter todas as peças com tachas, todo o tipo de peplums, 3 ou 4 pares de ténis com plataforma, e mil batons. Curiosamente, ou não, são sempre essas as pessoas com um estilo menos pessoal, mais confuso, e menos inspirador!
Continuo na opinião de que, com ou sem crise, o dinheiro de pouco nos serve se não o aproveitarmos. Mas sair a correr para comprar a última moda, só PORQUE SIM, não é aproveitar nada, é deitar à rua!