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Alexandra Neto

Qua | 21.03.18

INVESTEMENT BAGS #2 - OS NOVOS CLÁSSICOS

Na continuação do posts Investement Bags, os clássicos - agora os "novos clássicos".

Então, o que são "novos clássicos"? São bolsas mais recentes, cuja popularidade ultrapassou o ano de lançamento.

Million Dolar Question: serão os próximos clássicos? I don't know... Duvido, sinceramente. Não vejo nenhum modelo a resistir ao "verdadeiro teste do tempo". Mas isso sou eu! ahah Que, claramente, prefiro os oldie, but goodies.

Outra questão: "ainda assim, valem o investimento?", e aí diria que grande parte vale, sim. Diria que durante os próximos 5/10 anos lhes vão dar muito uso (assim, em pleno) - mas depende de modelo para modelo. 



Mochilas: Rucksack, Burberry e Palm Springs, LV

As mochilas voltaram como style statement e estes dois modelos assumiram-se como a representação de luxo da moda que veio para ficar.

Vale o investimento porque, se pensarem bem, quando é que uma mochila ficou mal? Mais que não seja porque é prática - vai ter sempre uso!




Mansur Gavriel

Entre a tote e a bucket bag, que a marca - já lançada há 6 anos - se tornou um clássico. E este, arrisco-me a dizer, dos que ficará para sempre. Ou, já que "para sempre é muito tempo", por muito, muito mais tempo que as restantes bolsas deste post. Eu sou fã - do conceito e dos modelos.




Pochette Metis, LV

Aposto que esta é a preferida de quem lê este post. Aposto!
A Pochette Metis foi lançada, salvo erro, há dois anos e ainda não teve tempo de assentar nas prateleiras (constantemente esgotada). Percebo perfeitamente o encanto, a bolsa deu todo um novo fresh air à secção de clássicos de monograma da marca, e tem tudo para lá ficar.
Mas.... Será que vai mesmo ficar?

Bem, diria que daqui a uns anos, estaremos todas um pouco fartas (faz parte!!), mas tenho a certeza que as "nossas filhas" vão querer usar. MAS... As reviews aos acabamentos do modelo deixam-me na incerteza que ela durará até lá. O que acham?

(btw, se é um modelo que querem apostar, comprem logo que puderem porque esta bolsa não pára de subir de preço!!)




Trio, Céline

Tudo-certo. Esta é a minha bolsa preferida de todas os emblemáticos modelos da Era Philo. Simples, prática. Pequena, mas onde cabe lá o mundo. Preço justo, paleta de cores qb. Usa-se na mão, no ombro ou à tiracolo. E fica sempre bem.

Mas, já vi várias reviews que esta bolsa não vale o valor.... :( Que a pele é muito frágil e que suja muito facilmente. Ainda assim, era capaz de arriscar....




Soho, Gucci

Para mim, joga no mesmo campeonato da Trio: gira, simples, prática e elegante para o dia-a-dia. Vê-se mais o logo - para quem aprecia a logomania - e já está um pouco mais vista desde que a Guccimania começou (apesar da popularidade da Soho anteceder esta fase da marca), mas acho que continua uma excelente aposta. E, mesmo depois da febre passar, Gucci é Gucci - esta é outra das bolsas que usarão para sempre.




Chloé

Perdoem-me as Chloé girls (seria uma, se pudesse, mas apenas no que toca a roupa), mas não consigo eleger um modelo. Cada uma é um it do street style a cada lançamento, é algo mais efémero - mas como a estética é muito semelhante, sinto que já se tornaram um clássico desta década. Qual a mais emblemática? A mais "it" no sentido icónico e não passageiro? Não. sei.

Por um lado gosto da vibe, por outro, acho que vão passar rapidamente. De todas deste post, diria que são as mais passageiras, à semelhança de modelos como a "irmã" Paraty. Por um lado, nunca vão ficar mal - grande parte da popularidade deve-se a um influencer marketing bem feito (e elas usam essencialmente quando são pagas para), o que as torna muito vendidas e não tão vistas. Ou seja, quem comprou por moda, não fez grande negócio. Quem comprou porque gosta realmente, não se arrependerá porque elas acabam por não ser tão, tão vistas.

Fiz-me entender? Sinto que não...

Imaginem, se tivesse uma Paraty, tenho a certeza que ainda usaria bastante (gosto tanto do modelo!!).




Peekaboo, Fendy

Esta bolsa é tão underrated, eu acho. É o contrário da Birkin, mas no bom sentido - entendem? Mas, claro, com Tio Karl e equipa por trás, é underrated em tudo menos preço - e isso foi uma das jogadas de génio (subir o preço antes que vire febre, para que se torne it sem massificação - entendem a ideia?).

Adiante, esta bolsa foi lançada em 2012, tem um interior tão bonito como o exterior - e podem acreditar, em Paris, as mais bem vestidas e "estilosas" tinham uma Peekaboo, não tinham uma Birkin!! ahah

Não gostei nada dela quando foi lançada, mas agora é dos meus modelos preferidos. E, pela alta qualidade que dizem que tem, penso que passe no tal teste do tempo.




Marmont, Gucci

Nada de especial a dizer: é uma it-bag, mas é tão simples para a Gucci de hoje, que rapidamente se tornou num básico, e para quem escolhe materiais e cores à sua medida, verá que será um clássico. O preço (bastante acessível para a qualidade e o hype actual da marca) é meio caminho andado para esta bolsa ser um dos melhores investimentos do momento - especialmente para quem não está numa de "esperar" pelo dia em que chega a 2.55. AHAH



Next stop: Investement Bags - Clássicos que regressaram!

Qua | 21.03.18

POWER DRESSING NA TRANSIÇÃO

A Primavera chegou em grande: cheia de sol!! A chuva vai voltar (Abril, ...), mas o certo é - dias longos e cheios de luz e calor estão a chegar. E, a pensar nos dias de trabalho, alguns elementos a considerar no POWER DRESSING - leiam o post para os meus preferidos do momento.


Sapatos com laço - Quem me segue no Instagram, não só já viu esta foto, como já viu e reviu os meus sapatos da Uterqüe. Os sapatos com laço têm estado para ficar e eu nunca fui tão fã como desde que tenho este par. E a verdade é que dão um UP romântico/cool a qualquer conjunto. Gostei especialmente de ver o contraste com esta camisa verde (pela cor, não tão feminina).




Cinto clássico - Aqui está uma peça MUITO em falta no meu guarda-roupa que tenho que colmatar rapidamente. Um cinto clássico, em pele e com detalhes em dourado/prateado é um must-have em qualquer estilo e vejam bem como transforma este conjunto em branco. O mesmo para ganga + camisa.

Este é Massimo Dutti (clicar para ver).




Power bag - Uma bolsa boa, prática e elegante. Escolham o vosso modelo (pequeno, médio ou grande? Em pele lisa ou com textura? De Luxo ou segmento médio?) e invistam - vai valer MUITO a pena. 

Gosto muito de Tote Bags, que são um pouco mais baratas por serem em saffiano ou lona. A minha marca preferida para comprar cá é a Lauren, da Ralph Lauren.





O blazer da temporada - Mais uma vez, escolham o vosso e arrasem. Um padrão trendy? Uma cor pastel ou viva? Vocês decidem - saiam do preto básico e arrasem.

Este rosa é Zara (cliquem para ver).




Uma jóia - É preciso explicar? Uma peça de joalharia faz TODA a diferença, sendo "statement" ou não. Como já disse várias vezes, a minha preferida dos últimos tempos é a Juliana Bezerra, mas penso que ela só venda no Atelier (em Lisboa, no Páteo Bagatela). Então, para quem tem de comprar online, recomendo a Joana Mota Capitão - que tem um belíssimo site (e belíssimas peças).
Para peças giras e de qualidade, num estilo "menos artesanal e mais trendy", a Cinco e HLC são a referência. 


Qua | 21.03.18

INVESTEMENT BAGS #1 - THE REAL CLASSICS

Recentemente dei, finalmente, o primeiro (de, espero eu, muitos) passos no mundo das investement bags. Adiei isto anos e anos. Para terem noção, quando criei este blog (em 2009!!!), já planeava este investimento. E não, nem sequer foi a 2.55...

Comecemos por aqui: tudo é uma questão de prioridades. Mas também de se querer, de gostar e, claro, de se poder.  Não é exactamente o "em vez de três peças, compro uma", que podemos fazer quando compramos alguma peça com mais qualidade. NÃO! Falamos de valores diferentes. Falamos de peças de luxo, que são mais do que peças para a vida - são peças com alta qualidade (nem todas, mas ok), sim, mas também são peças onde pagamos a etiqueta. E, em grande parte, pagamos a história que a marca já tem, o hype da mesma, e o facto de serem peças icónicas.


Nem todas as bolsas de luxo são Investment Bags, no conceito que o mundo da moda lhes dá. Falamos de bolsas que, mais do que luxo, são icónicas, são uma grande tendência (grande em duração). E vou abordar vários tipos. Começamos com as REALMENTE ICÓNICAS!


O que faz de uma bolsa (a meu ver), realmente icónica? A história, sem dúvida!! Para mim, uma bolsa icónica é uma bolsa com história. E as minhas (e da internet e dos livros que li, no geral) são: 



2.55 e Classic Flap

Esta, para mim, é o real deal. Porque gosto realmente da história de Gabrielle e da casa Chanel - claro que tenho noção que existe todo um exagero, muito marketing, claro. Ainda assim, gosto. Tenho todo um fascínio, sempre que vou a Paris gosto de passar pela Rue Cambon. E, atenção, tirando cosmética (por acaso, também é das minhas marcas preferidas), não tenho nada Chanel!

Afinal, esta foi a primeira bolsa de ombro. Se é verdade ou não, não sei, mas existe uma explicação e uma razão para TODO E QUALQUER pormenor desta bolsa. E é isto que faz desta bolsa a minha #1.


Adiante, existem duas versões: a Classic Flap, criada por Karl Lagerfeld nos anos 80, como um "upgrade" ao modelo original, muito semelhante. Depois, temos a 2.55 Reissue, que é a menos popular, no entanto, mais semelhante ao modelo original.

É caríssima (e cada vez mais) - especialmente porque já a vi a bem menos de metade do preço! ahah E, em reviews do YT, dizem que é uma bolsa com uma pele "sensível" (qualquer um dos dois tipos de pele disponíveis), com a qual é preciso muitos cuidados e é um modelo para não dar muito uso.

Ainda assim, #GOALS.
(ou, next in line)



Jackie, Gucci

Na era Alessandro o modelo Jackie passa-nos muito ao lado e até nos esquecemos dele. Mas, sem dúvida, que este é um dos mais emblemáticos da história da marca. Não só porque se tornou um dos preferidos de Jackie O. - o modelo já existia mas, por isto, mudou o seu nome - mas porque, de facto, é um modelo muito bonito, elegante e prático. É "A" hobo bag.

Existe em várias cores e materiais, mas o meu preferido é o clássico, no Gucci canvas e rebordo em pele castanha. 





Bamboo, Gucci

Aqui não falamos de um modelo específico, mas de uma linha (já muito extensa) da marca. Falamos das bolsas com alça em bamboo - técnica que data do pós Segunda Guerra Mundial, onde tudo escasseava. O Sr. Gucci reparou neste material, muito prático e flexível para criar alças e registou como patente da marca. Nos anos 50/60, estas bolsas foram um furor, e Frida Giannini relançou o modelo.

Usando a mesma expressão da anterior, emblemáticas e (para mim) um clássico que ficará sempre bem - com a vantagem que podem escolher um modelo totalmente ao vosso gosto (existem mesmo muitos).




Kelly, Hermès 

Foi a musa Grace Kelly que deu nome a uma das duas bolsas icónicas da Hermès, que já existia desde... O final do século XIX. Não era uma bolsa comercial para mulher, era para ser usada por cavaleiros (a origem da marca é esta). Foi nos anos 50 que esta bolsa teve um boost na sua popularidade quando a actriz-tornada-princesa usou este modelo para disfarçar a sua primeira gravidez.

Pessoalmente, acho o modelo (e "a história") mais encantador que a Birkin que, hoje em dia, se tornou um pouco mais num money status do que num elegance status. E passo bem sem o primeiro.

Na verdade, passo bem sem as duas, especialmente depois dos inúmeros relatos que li sobre o atendimento ao cliente pela marca, que vai no sentido oposto aos meus "princípios" (ler mais neste post).




 Speedy, Louis Vuitton

O que faz da Speedy o modelo a destacar, em frente das irmãs Noé, Alma e Neverfull? A história (e o marketing). Como devem saber, a LV começou por ser uma marca de baús e malas de viagem (desde 1858), e foi exactamente Audrey uma das "responsáveis" pela popularidade da marca em bolsas de mão, quando pediu, em 1965, uma versão mais pequena da Keepall - a Speedy. Esta já era feita (desde os anos 30, numa quantidade muito pequena), mas foi aqui que se tornou um modelo fixo e um dos ícones da marca.

E, desde há muito, a minha preferida (e a primeira que comprei) muito possivelmente por todas as imagens e a associação à Audrey. (ohhh, #fofi).




Lady Dior, Dior

Esta é, possivelmente, a única bolsa que considero icónica mesmo sem me dizer nada (mesmo com as versões giríssimas que a equipa da Maria Grazia tem feito).

Mas a história é muito engraçada: em 1995 a Primeira-Dama de França da altura, Bernardette Chirac queria oferecer um presente original (e, claro, francês) à princesa Diana, então pediu à casa Dior uma sugestão - a bolsa, na altura, Chouchou, acabou por ser perfeita. Diana foi captada muitas vezes com a sua Chouchou que, claro, a casa Dior se apressou a registar como Lady Dior - em dois anos, foram vendidas 200 mil bolsas deste modelo. #Respect #Influencer ahah




Next stop: os novos clássicos!!